domingo, 1 de julho de 2012

COVARDIA


Enfrentar os problemas da vida não é fácil. Mas não é saudável fugir deles, fingir que nada está acontecendo ao redor.

É claro que alguns devem ser ignorados em virtude de sua resolução não depender de nós, enquanto outros, cujo acerto depende exclusivamente da nossa vontade, precisam ser confrontados.

Neste mundo encontrar-se-ão muitos tipos humanos, seres com características marcantes.

Há aqueles que encaram as dificuldades como um desafio a ser vencido e sentem prazer em solucionar as questões que se apresentam. 

Esse tipo consegue manter um certo equilíbrio em tudo que faz e tem satisfação com as suas conquistas, obtidas com muito esforço e coragem.

Contudo existem aqueles que preferem culpar os outros pelos seus fracassos e nunca reconhecem que a causa de todos os seus tormentos encontra-se dentro de si mesmos.

Não raro, se refugiam nas drogas. Se embebedam para tomar coragem e falar aquilo que sóbrios não arriscariam. 

Ficam valentes, sentimentais ou risonhos demais. Sentem muita pena de si mesmos.

Aliás, sentir pena de si próprios parece ser o combustível de sua miséria. 

Com esse comportamento causam grandes transtornos àqueles a sua volta. Se escondem atrás de uma garrafa, talvez na busca de uma alegria artificial ou uma coragem Prét-à-Porter.

Encontraremos muitos outros covardes por trás da maconha, da cocaína e do crack. São zumbis que se alimentam do próprio infortúnio e causam tanto estrago aos que lhe amam.

O dia a dia é cheio de percalços. São contas a pagar, relações conjugais a discutir, educação dos filhos, problemas no trabalho, complexos de inferioridade e toda sorte de ocorrências que todos, em certa medida, já experimentaram. 

A realidade é deveras árida. O colorido fica por nossa conta.

A construção de uma vida feliz não acontece da noite para o dia, sendo necessários longos anos de erros e acertos. Nesse processo, é natural haver desconfortos, tristezas, decepções, erros etc.

Mas nem tudo é amargo. Também experimentamos sensaçoes de bem estar decorrentes das nossas conquistas, do convívio com os amigos, dos êxitos conseguidos, após muita luta e trabalho.

Enfim, é possível termos felicidade que, a bem da verdade, se mostra como um saldo positivo na balança da existência e não está adstrita à ideia de perenidade. É um estado temporário, como tudo.

Viver bem certamente é um saldo positivo.

Um forte abraço e até a próxima.

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