A figura de Iscariotes é execrada em toda a cristandade. Representa o símbolo maior da traição. Daí a expressão “judaria” e a prática de no sábado de aleluia se malhar o Judas de pano.
Amigo e discípulo de Jesus, Judas não resistiu à oferta dos sacerdotes e entregou o filho de Deus com um beijo, sendo Jesus preso e agredido pelos soldados e, posteriormente, morto, depois de ser exaustivamente supliciado.
Segundo o Evangelho de Lucas, capítulo 22, versículo 48, Cristo se dirigiu a Judas que se aproximava dele e disse: Judas, com um beijo traís o Filho do homem? Não tardou e o remorso pelo que fizera logo cobrou seu preço: conta a bíblia que ele se enforcou.
A bíblia, como qualquer livro escrito por homens, retrata a realidade destes últimos. Os deuses gregos têm o mesmo papel de simbolizar os vários tipos humanos e a delicada convivência entre eles. Não é muito diferente o que acontece nas religiões afro-brasileiras, especialmente no candomblé, para citar apenas uma. Essas histórias são de um valor antropológico ímpar e ajudam a entender o desenvolvimento humano ao longo dos séculos.
De qualquer modo, a semiótica relacionada a Iscariotes tem passado por geração e geração e revelado que os homens, em essência, não são tão diferentes de seus antepassados remotos e que viver pode ser um desafio. Que, ao longo da existência, várias situações nos farão lembrar as velhas histórias e representações, nos servindo de norte, consolo ou talvez até uma dolorosa constatação, dependendo do como se encaram os problemas.
Um forte abraço a todos e até a próxima.
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