Quem é ateu e viu milagres, como eu.
Por muito tempo pensei a respeito dessa frase extraída de uma música de Caetano, que foi tema de Tenda dos Milagres, minissérie exibida pela rede globo, na década de 80.
Nesse período da páscoa, o sentimento religioso fica à flor da pele. Todos, de alguma forma, param para refletir sobre o significado da paixão de Cristo.
Confesso que me incluo nesse grupo, pois minha formação religiosa é de base cristã. O sacrifício de Cristo representa a possibilidade de purificação daqueles que têm fé e acreditam que o mundo pode ser melhor se aderirem aos ideais cristãos.
Vivemos hoje num mundo globalizado onde as expectativas são produzidas por um padrão estabelecido midiaticamente. A relação da mídia, especialmente a televisiva, com o grande público assume contornos ditatoriais e vão moldando a nova fisionomia social. O belo, o desejável, o politicamente correto estão consubstanciados no grande livro dos interesses mercadológicos.
Apesar disto, a religiosidade tem seu espaço garantido. Penso que a figura de Jesus Cristo é muito simbólica e por ela não se consegue passar impunemente. O amor, a justiça, a compaixão foram preservados , ao longo dos séculos, graças a esse ícone da cristandade. Hoje, sem professar nenhuma religião em particular, ainda choro ao assistir a Paixão de Cristo e acredito que os seres humanos em seu caminhar pela existência clamam por orientação, por líderes bondosos e, desesperadamente, por Deus, mesmo para aqueles que são ateus e aos que acreditam, mas não viram milagres, como eu.
Boa Páscoa a todos.
Acredito que haja pelo menos uma centelha de Deus dentro de cada um de nós. Aproveitemos a Páscoa para refletir e acender essa centelha dando-lhe a força que merce. Façamos com que o divino tenha espaço para que um mundo melhor possa existir.
ResponderExcluirBjs
Jaqueline