domingo, 20 de março de 2011

MITOS VIRTUAIS

Este é o título de um artigo assinado por José Augusto Carvalho, publicado na Revista Língua Portuguesa nº 59, de setembro de 2010, pag. 20/22, que traz informações relevantes quanto à origem das palavras e ditos consagrados.

domingo, 13 de março de 2011

O ANO NOVO COMEÇOU

Reza a lenda que o ano novo começa após o carnaval. Aqueles que cairam na folia voltam cansados e resignados com retorno ao trabalho, mas conscientes de que no ano que vem tem mais. Muitos dos planos sunspensos voltam a cogitação e a vida continua.

quarta-feira, 9 de março de 2011

BEIJA-FLOR É A CAMPEÃ DO CARNAVAL CARIOCA

MEIA-IDADE

Li 45 em Língua em Transe e fiquei refletindo sobre os efeitos do tempo em nossa personalidade. Uma canção que me veio logo à mente foi Homem Velho, de Caetano Veloso

Com o passar dos anos tudo parece se repetir. Aquilo que causava deslumbramento não contenta mais. As pessoas vão se afastando e quando se dão conta estão sozinhas. 

Esse processo não é preordenado ele vai acontecendo aos poucos. Requer vigilância manter-se jovem. Não fisicamente, mas nas idéias. Mas, o que é ser jovem ou velho? Tudo ao nosso redor parece ter início, meio e fim, inclusive nós. O universo parece conspirar com a temporalidade das coisas. Não tarda e o jovem trabalhador se torna o aposentado que joga baralho na praça junto com seus pares.

Me recordo de uma professora de Direito Civil, a qual dizia que o Direito estabelece prazo para tudo. O Direito não socorre àqueles que dormem, é uma máxima mais do que conhecida nos meios acadêmicos. A própria composição dos Tribunais é temporária, mudando seus integrante de tempos em tempo. O poder tem prazo, seja imposto pela Constituição, seja pela revolta popular ou mesmo pelo natural efeito do tempo sobre o governante, a exemplo do que ocorreu com Fidel Castro.

Nesse contexto, nos sentimos oprimidos e, amiúde, solitários. Saber que tudo um dia vai acabar e nãot er a certeza de que existe outro nível de vínculo. Para contornar isso a mente cria expedientes dos mais diversos, nos ocupando de tal maneira que a idéia de fim é afastada. São as causas humanitárias, a disputa política, a crença na vida após a morte, alguém de quem cuidamos e que precisa de nós. 

A vida continua. Paradoxalmente é justamente essa idéia de limite que nos motiva e estimula a produzir. Saber que temos pouco tempo nos faz traçar metas mais conscienciosas. Isto também nos deixa a obrigação de orientar os filhos, cuja noção de eternidade não lhes deixa perceber os percalços ao longo do caminho e a necessidade da correção de rumos. Sim, este dever de educar, orientar nos dá uma sobrevida e um fôlego adicional para continuar.

Há vantagens em se chegar a meia idade, uma delas é a tomada de consciência, o enxergar mais além, fugir do imediatismo e assumir a função de orientador, de referência, sem deixar de ter as nossas próprias e novas referências.

O futuro é uma folha em branco e o mistério quanto ao que ainda vai acontecer nos proporciona suprimento suficiente para seguirmos adiante e, nessa empreitada, travamos batalhas diárias, superando obstáculos e encarando novos desafios. Não há volta. A ponte pela qual passamos foi explodida, e ao Éden não é mais possível retornar.

Um forte abraço a todos e até a próxima.

segunda-feira, 7 de março de 2011

JUIZ NÃO É MOTORISTA DE ÔNIBUS

Essa foi a notícia publicada no site do Estadão em 26/02/2011, segundo a qual o presidente da AJUFE teria feito essa afirmação ao reclamar da indisposição do governo Dilma em discutir o reajuste dos magistrados. O sindicato dos motoristas de ônibus de São Paulo reagiu e disse que vai processar o autor da afirmação.

A afirmação feita pelo presidente da AJUFE foi, no mínimo, preconceituosa. Certamente não é isto que se espera de quem representa uma categoria, a qual, sai arranhada do episódio, pois o que, a primeira vista, pareceu um gesto em defesa de uma classe acabou atrapalhando o justo pleito dos juízes federais.

A língua é um animal selvagem e feroz e, por isso, deve ser contido e controlado. Aliás, sobre isso ja tive a oportunidade de escrever em  LÍNGUA AFIADA. Dizer, não raro, causa mais estragos do que fazer.

Em sociedade, falar em categorias mais importantes do que outras afigura-se temeroso e não reflete a realidade. Todas têm a sua relevância e sua coexistência é que viabiliza a continuidade, em níveis aceitáveis, da vida em coletividade. Pensem numa cidade sem transporte público. Como os trabalhadores se deslocariam para o trabalho? Imaginem se o serviço de coleta de lixo fosse paralisado por tempo indeterminado. Isso só para falar em duas categorias. A cidade viraria um caos insuportável.

Portanto, aqueles que integram posições de poder, incluindo aí os magistrados, devem se lembrar que cada um de nós integra um todo complexo e o funcionamento do corpo depende da saúde das partes componentes e nesse contexto mostra-se ocioso e contraproducente o embate de quem é mais importante.

Um forte abraço a todos e até a próxima.

domingo, 6 de março de 2011

PECADO ORIGINAL



Composição:CAETANO VELOSO

Todo dia, toda noite
Toda hora, toda madrugada
Momento e manhã
Todo mundo, todos os segundos do minuto
Vivem a eternidade da maçã
Tempo da serpente nossa irmã
Sonho de ter uma vida sã

Quando a gente volta
O rosto para o céu
E diz olhos nos olhos da imensidão:
Eu não sou cachorro não!
A gente não sabe o lugar certo
De colocar o desejo

Todo beijo, todo medo
Todo corpo em movimento
Está cheio de inferno e céu
Todo santo, todo canto
Todo pranto, todo manto
Está cheio de inferno e céu
O que fazer com o que DEUS nos deu?
O que foi que nos aconteceu?

Quando a gente volta
O rosto para o céu
E diz olhos nos olhos da imensidão:
Eu não sou cachorro não!
A gente não sabe o lugar certo
De colocar o desejo

Todo homem, todo lobisomem
Sabe a imensidão da fome
Que tem de viver
Todo homem sabe que essa fome
É mesmo grande
Até maior que o medo de morrer
Mas a gente nunca sabe mesmo
Que que quer uma mulher


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