sexta-feira, 27 de maio de 2011

MINORIA BARULHENTA OU OPORTUNISTAS DE PLANTÃO?

É curioso como ultimamente vem se falando tanto nos direitos dos homossexuais. Direito à demonstração de afeto em público, direitos previdenciários, só para falar de alguns.

Segundo estatísticas, que eu não sei de onde tiram, eles constituiriam apenas 10% da população. Mas pelo estardalhaço da mídia, começo a pensar que estão ultrapassando a casa dos 50%.

Outro dia, vi a Preta Gil se manifestar perante parlamentares e dizer publicamente ser bissexual. Na doutrina, muitos vêm ganhando destaque ao defender teses que vão ao encontro dos anseios dessa parcela da sociedade. 

Recentemente, o STF reconheceu à união estável entre pessoas do mesmo sexo. Colegas, volta e meia, me perguntam o que eu acho disso tudo.

Eu acho, aliás, penso, que tem gente aproveitando a maré para conseguir alguns minutos de fama. 

Hoje em dia é politicamente correto defender a causa gay. O Governo está empenhado em garantir a dignidade dos homossexuais, tanto que irá custear a cirurgia para mudança de sexo daqueles que foram injustiçados pela natureza, sendo postos em corpos masculinos.

Lamentavelmente, a maior parte da população, aí incluídos os homossexuais, quando precisa recorrer ao sistema de saúde se depara com hospitais sucateados e filas enormes. Cadê a dignidade da pessoa humana?

Nesse momento os apologistas do arco-íris estão a me tachar de homofóbico, preconceituoso, insensível e outros adjetivos mais.  É proibido expressar opiniões que vão contra a corrente do modismo.

Bem, em primeiro lugar, não tenho nada contra os homossexuais, sejam masculinos ou femininos e demonstro isso, cotidianamente, com ações concretas e não apenas diante dos holofotes, como vem fazendo muita gente aí no mundo jurídico e artístico.

As pessoas devem ser respeitadas enquanto seres humanos, lembrando que, independente de opção sexual , todos são sujeitos de direitos e obrigações. Preconceito sempre vai existir pelo simples fato de pertencermos à raça humana.

O que as pessoas desejam, de fato, é aceitação. Os homossexuais querem formar família nos moldes do padrão heterossexual porque isso significa inclusão.

Não se mudam comportamentos, há muito cristalizados, de uma hora para outra. Requer tempo.  Na Grécia, na época de Sócrates, não era incomum homens casados com mulheres terem amantes do mesmo sexo. O próprio Sócrates tinha um, Alcibíades. Alexandre, o Grande, era sabidamente homossexual e conquistou praticamente o mundo todo em seu tempo. 

A relação homoafetiva está com o homem desde o início e nunca deixará de existir, pois consiste numa faceta da humanidade. Vejo com certa suspeita aqueles que expressam um ódio mortal contra gays, lésbicas e travestis, me fazem lembrar do filme Beleza Americana, no qual um dos personagens, que ostentava esse tipo de comportamento, procurava esconder desesperadamente seu desejo homossexual.

Eu via com certo interesse e curiosidade quando Clodovil Hernandes se manifestava contrário à causa gay, especialmente em relação ao casamento, sob as vaias de manifestantes GLBT. Em verdade, ele frustrava expectativas, pois todos esperavam que ele, homossexual assumido, fosse o porta-voz da comunidade gay. Talvez o comportamento do deputado estilista, de algum modo, se assemelhasse ao do Agnaldo Timóteo que certa feita, num programa de televisão, partiu em defesa de Tiririca acusado de racismo pelo movimento negro.

Não gosto da idéia de se avaliar as pessoas pela cor da pele ou opção sexual. O que encontraremos, se olharmos bem no fundo, são seres humanos com seus medos, receios, desejos, carências, bondades, maldades, querendo seu espaço neste mundo. A interação deve ser genuína, buscando-se enxergar o cerne de cada um, sem se deixar influenciar e manipular pelos oportunistas de plantão que desejam mais ver seus nomes na mídia, nos livros e acórdãos do que de fato se preocupam verdadeiramente com o bem estar das minorias que supostamente defendem.

Que cada uma faça a sua parte, diuturnamente, tratando a todos com respeito e dignidade, pois é isso o que se espera de uma sociedade dita civilizada. O mais importante é tolerar o próximo e ensinar aos nossos filhos a respeitar as diferenças, conscientizando-os de que as pessoas têm o direito de escolher livremente aquilo que desejam para as suas vidas.

Um forte abraço a todos e até a próxima.

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