CASAMENTO GAY

As passeatas gays são cada vez mais frequentes e hoje em dia já é possível se ver manifestações públicas de afeto entre pessoas do mesmo sexo.
 

Ao longo do tempo, os homossexuais foram conquistando seu lugar ao sol e querem mais: querem os mesmos direitos dos casais heterossexuais. O casamento gay ainda não é possível no Brasil, mas a comunidade GLS tem pressionado para que isso se torne uma realidade. 

Como não poderia deixar de ser, essa liberdade conquistada ensejou reações contrárias mormente por parte da Igreja católica e Protestante. A posição do Vaticano é clara, assim com a da maioria dos Evangélicos. Estes últimos, inclusive, citam a bíblia, como se ali existisse uma "cláusula pétrea" impedindo as relações homoeróticas. 

Neste contexto, a aprovação de uma lei que regulamente o casamento homossexual ainda está longe de se concretizar. Entrementes, parceiros e parceiras vem dando o seu jeito e, à revelia da ausência de norma, têm formado suas famílias e levado suas vidas. Não se pode afirmar que as relações heterossexuais sejam mais estáveis do que as homo. É possível se encontrar casais gays que só se relacionam entre si, afastando, pois, a antiga idéia de que a homossexualidade é sinônimo de promiscuidade.

O mais importante, no entanto, é passarmos aos nossos filhos a idéia de tolerância e convivência pacífica entre os vários grupos, a fim de prevenir o que recentemente aconteceu a um rapaz que acabara de participar de uma passeata gay e que teria sido alvejado por militares, no Rio de Janeiro. A sexualidade humana é complexa, nem sempre se subsumindo ao modelo socialmente aceito. Há muitos casos de homossexuais que se casaram com pessoas do sexo oposto por pressão e receio de contrariar seus parentes e com isso se tornaram pessoas tristes. Um grande erro. Antes de agradarmos aos outros devemos procurar fazer aquilo que nos apraz. Ninguém pode viver por nós.

É claro que a felicidade passa um pouco pela aceitação social e talvez por isso os gays queiram tanto o aval do Estado, buscando uma mudança de comportamento pela via legislativa. Penso, contudo, que essa aceitação já está acontecendo e a tendência é se consolidar com o tempo e aí sim a lei terá condições de surgir. Até lá vamos promover a concórdia e a tolerância, cientes de que independente de orientação sexual somos humanos e precisamos um dos outros.

Um grande abraço e até a próxima.