segunda-feira, 24 de maio de 2010

PACTA SUNT SERVANDA

Quem nunca teve problemas com um profissional liberal que levante a mão.

Hoje em dia não basta ter dinheiro para pagar: o fator sorte conta muito, especialmente no ramo da construção civil.

Muito se escuta falar que não há empregos, que a situação está crítica e os salários muito baixos. Curiosamente, empregadores reclamam da falta de mão-de-obra, mormente a qualificada.

Como resolver este impasse?

A tarefa não é fácil, já que a visão imediatista do brasileiro se reflete em todas as áreas, principalmente no mercado de trabalho. Não é incomum se ouvir pessoas reclamando de profissionais que receberam metade pelos serviços a prestar e nunca mais apareceram ou daqueles que pactuam um valor e ao final da obra insistem em receber além do acordado. A falta de lealdade é uma outra constante.

Há quem considere mais seguro contratar diretamente com uma pessoa jurídica, mas nem sempre se consegue os melhores resultados. A falta de compromisso parece generalizada, espalhando-se por vários setores da economia.
Nesse contexto, se sobressaem as pessoas e sociedades empresárias sérias que honram seus compromissos e, por isso, são muito disputadas.

O Brasil vive um momento de crise na ética, no profissionalismo e honestidade. A palavra empenhada nunca foi tão desrespeitada. O homem moderno se perdeu no mar da relativização sem limites e dissociada dos valores mais caros à sociedade. Há sempre o indivíduo que quer tirar vantagem sem a necessária contrapartida.

A "esperteza"  pode trazer resultados a curto prazo, mas os estragos individuais e sociais que provoca a longo prazo parecem não compensar a adoção de tal comportamento. É preciso resgatar o homem honesto, de caráter inexpugnável, independentemente de sua classe social, diminuindo as tensões do dia a dia.

Sim, se faz premente o resgate do cidadão consciente de seus direitos e responsabilidades, o indivíduo que sabe escolher seus representantes políticos. Afigura-se, por fim, fundamental se acreditar no Brasil e no potencial que cada indivíduo possui de fazer a coisa certa, de ser respeitado e de respeitar.

É claro que a alteração desse quadro não acontece da noite para o dia. A tarefa não é fácil, sobretudo por envolver mudança de comportamento, mas o esforço, certamente, será recompensado. Afinal de contas que futuro terão os adultos de amanhã se as crianças de hoje são expostas, diariamente, à falta de caráter, de compromisso, às mazelas do político descompromissado com a coletividade? Veja-se que os parlamentares  não são seres alienígenas: eles vieram da sociedade, ou seja, integram o mesmo grupo de "otários" e "vivaldinos" que se relacionam quotidianamente.

Portanto, que cada um faça a sua parte e todos tenham sempre em mente que os acordos devem ser cumpridos.
Um grande abraço e até a próxima

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