É curioso como os seres humanos, em boa parte das vezes, não conseguem ou não têm coragem de externar seus sentimentos e opiniões diretamente e, talvez, por isso causem tanto dano no trato social, pois acabam criando mal estar. Indiretas, falar de um fato envolvendo uma pessoa em tom de voz alto, a fim de que esta ouça, escrever textos dúbios mudando apenas nomes, são formas usadas por muitos.
Certo ou errado? Bom, acho que uma conversa franca traz muito mais benefícios. Não me refiro à grosseria e falta de tato. Os assuntos têm de ser resolvidos com tranquilidade e maturidade, transmitindo-se as idéias de maneira polida. Como se fala faz muita diferença para o receptor da mensagem.
A insatisfação humana parece ilimitada. Por mais que se faça, nunca parece o suficiente. Há gente que tem prazer em se lamentar, fazer-se de vítima e cobrar. Para estes, a paz é sempre passageira e exceção. Se incomodam com a própria paz e logo estão à procura da desavença, altercação e situações angustiantes.
A vida é muita curta e tudo parece transcorrer num piscar de olhos. Logo não estaremos aqui. O futuro não tarda a se transformar em passado e este é um ente inatingível e imutável. O presente quase não existe porque se transforma rapidamente naquele.
O futuro é algo desconhecido e, por isso, é envolto numa áurea de mistério, medos e ansieddes, resultando de nossas ações presentes, sendo reflexo de nossas escolhas. Estas, certas ou erradas, podem decorrer de um juízo formulado com base em criterios sólidos e ruminados ou de afogadilho, conforme o caso.
Deve-se estar atento e tomar muito cuidado porque o genuino perdão é raro e o mal causado é registrado nos anais da memória daqueles que o sofreram. A qualquer momento vem à tona, como uma ferida não completamente curada, aquele machucado que quando está cicatrizando volta a ser atingido.
Temos que ter muita cautela com aqueles que amamos e aqui vale lembrar uma frase cantada por Vinicius de Moraes, "o perdão também cansa de perdoar".
Um grande abraço a todos e até a próxima.
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