Decidir nem sempre é tão fácil. Analisar as variáveis, antever resultados, medir riscos: tudo, às vezes, parece tão complicado. Fico imaginando como foi para o Dunga ter que escolher, entre vários jogadores, aqueles
que integrariam a seleção brasileira. A pressão da mídia e da população, que se arvoram a técnicos e, portanto, no direito de ditar a regras quando o assunto é copa do mundo, deve ter incomodado um pouco o treinador.
que integrariam a seleção brasileira. A pressão da mídia e da população, que se arvoram a técnicos e, portanto, no direito de ditar a regras quando o assunto é copa do mundo, deve ter incomodado um pouco o treinador.
Um nome muito cotado, à época, foi o do Adriano, a quem o Dunga já tinha mandado vários recados no sentido de que o mesmo deveria se enquadrar no perfil exigido daqueles que representariam o Brasil nessa disputa. Mas os escândalos envolvendo o nome do jogador acabaram inviabilizando sua convocação.
Gerir pessoas é tarefa complexa e requer muito jogo de cintura, como se diz na gíria. Num esporte como o futebol, o grupo precisa se manter unido e trabalhar de forma coordenada. O talento é importante, mas não fundamental para decisão de uma partida. É preciso suar a camisa, por em prática o que foi ensaiado nos treinos e ter serenidade quando o adversário age com truculência. As regras devem ser observadas e o mais importante é o resultado.
Administrando tudo isso está o tão xingado técnico. Aquele ser obstinado que faz ouvidos moucos a milhões de brasileiros, amiúde tachado de burro, arrogante e outros tantos adjetivos. Fato é que a decisão coube a ele e é assim mesmo que tem de ser. Alguém tem de fazer o trabalho, tomar a decisão, certa ou errada.
A nós, nesse momento, cabe apenas torcer pelo Brasil e esperar que o treinador tenha feito a escolha mais adequada.
No ambiente familiar não é muito diferente. Quem tem filhos sabe que em várias ocasiões temos de dizer não àquelas doces criaturinhas e quando estas vão crescendo as coisas vão se complicando ainda mais. É aquela festinha cuja presença dos pais é vetada. É a amiga que apresenta o garoto que está a fim das nossas indefesas princesas.
Acontece que esses seres maravilhosos têm de observar regras para sua própria segurança. É um pena que eles ainda não entendam isso. É uma pena, também, que nós, pais, sejamos, assim como ocorre com os técnicos, xingados, rotulados de chatos, repressores e outras qualificações.
Não tem jeito, nós temos que decidir e nesse desiderato fazemos escolhas, muitas das quais quase sempre deixam muitos rostinhos sérios e insatisfeitos. Fazer o quê? Afinal, a decisão por enquanto é nossa.
Até a próxima.
O problema de sua alusão está no fator econômico. Todos sabem que futebol envolve muito dinheiro por conta dos patrocínios. Todas as grandes corporaçãoes desevam ver suas marcas estampadas no corpo dos craques, e isso também influenciou e muito as decisões do técnico de nossa seleção.
ResponderExcluirMas não relevando esse fator, realmente o poder de decidir é algo complicado, arriscado, porém necessário para a geração de resultados.
Obrigado pelo comentário. Este espaço está aberto a todas as opiniões, as quais se prestam a enriquecer o debate e lançar luz às questões levantadas. Um grande abraço.
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