terça-feira, 21 de setembro de 2010

O PODER DO SÍMBOLO

É curioso como as pessoas são atraídas pelos símbolos. Aqueles que ostentam riqueza material ou exercem algum cargo, tido socialmente como de relevo, acabam chamando atenção e, rapidamente, criam um círculo de devotos. Estão incluídos aí o médico, o magistrado, o advogado e  o engenheiro. São profissões deveras simbólicas, pois representam o poder, pelo menos
as três primeiras citadas, sendo a última mencionada porque até bem pouco tempo era uma das profissões mais concorridas. 

Também tem aqueles ícones criados pela mídia. O indivíduo de uma hora para outra passa a gozar de grande prestígio, atraindo fãs que mais se assemelham a súditos. Muitos aproveitam a popularidade para concorrer a cargos eletivos, a exemplo dos ex-jogadores Bebeto e Romário, os quais provavelmente chegarão ao parlamento.

Todos temos nossas referências e nos espelhamos em algumas figuras pelas quais nutrimos admiração.  Não podemos nos olvidar, contudo, que por trás dos cargos estão seres humanos como nós com seus problemas e agruras e que cometem erros. Portanto, não nos deixemos abater se descobrimos que ele ou ela não é tão perfeito assim. Ninguém é perfeito e pode se aprender até com uma criança. 

A propósito, lembro-me de uma anedota contada por um professor de Processo Penal: um homem furou o pneu do carro e parou para pôr o estepe. Ocorre que, após afrouxar os parafusos, por descuido, deixou os mesmos caírem dentro de um bueiro. O motorista pôs a mão na cabeça sem saber o que fazer, quando ouviu alguém gritando: - Oh, você aí!. Sim, é você mesmo! - Por que você não tira um parafuso de cada roda e não coloca nessa daí do estepe até você chegar ao borracheiro. O motorista, aliviado, acatou o conselho e assim procedeu. Ao olhar na direção de onde partira a voz viu que se tratava de uma hospício. O interno, então, disse a ele: - É isso mesmo, é um hospício. - Eu sou maluco mas não sou burro.

Um grande abraço a todos e até a próxima.

2 comentários:

  1. Da figura a anedota final figuram idéias em entrelinhas( provocações blogueiras, he he he). . Minha lupa capta.
    Brincadeiras a parte, aproveito para parabenizar pelas excelentes reflexões, ensinamentos e conversas desse articulista inteligente e sensível. Recorto este trecho em especial:
    "Não podemos nos olvidar, contudo, que por trás dos cargos estão seres humanos como nós com seus problemas e agruras e que cometem erros. Portanto, não nos deixemos abater se descobrimos que ele ou ela não é tão perfeito assim"

    Legal,um abraço

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  2. Sempre fitei figuras simbólicas com um olhar questionador, embora reconheça a sua importância paradigmática. Sartre ao recusar o prêmio Nobel de literatura talvez quisesse livrar-se do peso, conquanto o tempo e mesmo a recusa se encarregaram de torná-lo um símbolo, uma instituição, pois não se fala hoje em existencialismo sem citá-lo.
    Quanto aos elogios, agradeço-os embora não me sinta merecedor.
    Obrigado, Leila, por privilegiar este modesto espaço com a sua participação.

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