terça-feira, 7 de setembro de 2010

REPETIR OU PENSAR, EIS A QUESTÃO.

Citações são referências pelas quais formulamos nossos juízos de valor. O excesso delas pode denunciar a precariedade de idéias do sujeito, já que este se transforma num mero repetidor das informações que obteve nos livros, vídeos, discos e outras mídias.

Na área do Direito, por exemplo, há quem consiga memorizar artigos de lei com facilidade, o mesmo acontecendo em relação à doutrina, cujas vertentes são convenientemente memorizadas para dar lastro as "suas idéias".

Contudo, ter boa memória, por si só, não é sinônimo de erudição, porquanto alguns doentes mentais conseguem decorar listas telefônicas inteiras e mesmo saber a localização exata de uma palavra na página de um livro.

Conheci um rapaz com um retardo mental que me impressionou bastante ao apontar a posição exata de várias passagens bíblicas dentro do livro sagrado - a propósito, confiram o filme Rain Man, estrelado por Dustin Hoffman e Tom Cruise e dirigido por Barry Levinson.

As idéias contidas nos livros são o ponto de partida para novas formulações e juízos, os quais se prestam  a servir à complexidade da vida e das relações sociais (recomendo a leitura de um excelente artigo, do Professor Fernando Vieira Peixoto Filho, publicado em seu blog sob o título Para Ler Esse Livro(Rubem Alves).

Todos precisam de referências, não se parte do zero. O conhecimento humano é dinâmico e novas idéias surgem e com isso se abandonam as antigas ou refomulam-se-as para melhor atender às exigências das novas demandas sociais. A posição do sujeito do conhecimento deve ser a de dúvida e de constante questionamento, pois só assim é possível o aperfeiçoamento humano.

Um grande abraço a todos e até a próxima

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