O Brasil ontem ficou mais triste. Foi uma sexta-feira silenciosa. Tudo estava meio letárgico e cinzento. Ninguém acreditava no que tinha acontecido.
Logo no primeiro tempo de jogo, Robinho nos fez reforçar a crença de que o hexa estava praticamente garantido.
O segundo tempo, no entanto, desconstruiu a esperança do título quando a Holanda fez o segundo gol. A expulsão de Felipe Melo pôs uma pá de cal no sonho. lembrei-me da célebre frase de Jonhn Lennon com referência aos Beatles: o sonho acabou.
Todos os dias a renovação se perfaz diante dos nossos olhos. Uma derrota não pode ser entrave a futuras realizações, antes deve servir de estímulo. Lincoln, até chegar à presidência dos Estados Unidos, amargou diversas derrotas, as quais foram encaradas como aprendizado por esse grande e talvez um dos mais importantes estadistas que o mundo conheceu.
Não dá para ficar parado, há muito o que fazer aqui e um evento muito mais importante do que a copa do mundo se aproxima.
Nas eleições 2010 os brasileiros vão definir quais serão os novos Deputados Estaduais e Federais, Senadores, Governadores e Presidente da República, ou seja, os nossos representantes, aqueles que têm o poder de influir deveras em nossas vidas.
Seria interessante que a mobilização e engajamento popular tivessem a mesma dimensão do entusiasmo e envolvimento de grande parte dos brasileiros com a copa do mundo. Nesse aspecto, temos que conquistar muitos títulos ainda.
Agora é hora de levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima. Afinal de contas, outras copas virão e o sonho mais uma vez renascerá das cinzas.
Um grande abraço e até a próxima.
É importante lembrar que há vida após a copa. Do jeito que povo anda, parece qua a vida só continua em 2014. Tudo bem que o Brasil é mesmo o país do futebol, que muitos sonhos e alegrias giram em torno disso, mas temos que pensar que o futuro dos próximos 4 anos no Brasil também será decidido agora, e pra isso temos que estar ainda mais atentos pra decidir por quem torcer. Não podemos esquecer que neste campeonato os juízes somos nós.
ResponderExcluirAbçs!
ps. Seguindo :)
É verdade Isa, agora é hora de sacudir a poeira e dar a volta por cima e pensarmos em quem vamos votar. Um grande abraço.
ResponderExcluirÉ interessante essa construção que se faz de que o Brasil para na Copa do Mundo. Particularmente, vejo isso muito mais como uma construção do que como uma realidade. Não vi nenhum jogo. No jogo contra a Holanda, como não houve expediente naquele dia, aproveitei para ficar na varanda lendo. Foi tão bom que até passei a torcer para o Brasil continuar na Copa e eu ter mais um dia para aproveitar a minha varanda (coisa rara de acontecer).
ResponderExcluirMas vamos ao que interessa, o motivo da minha perplexidade: os brasileiros canalizam seus sofrimentos para coisas que nem os afetam tanto. Incrível ver uma mulher alagoana vagando no meio da lama (me lembrou "Ensaio sobre a cegueira") e isso ser menos sofrido do que alguns homens desequilibrados e um técnico prepotente dando adeus a uma Copa do Mundo.
Para muitos, a copa foi uma oportunidade de fazer outras coisas, como, por exemplo, ir ao cinema no horário dos jogos. Respeito isso e penso que se deve fazer o que se gosta. Afinal, nem todos gostam de futebol. Concordo com vc quando sinaliza a existência de problemas muito mais sérios que requerem nossa atenção.
ResponderExcluirUm grande abraço, Lú.